Caminhonetes Usadas: O Que Olhar Antes de Comprar

O mercado de caminhonetes usadas no Brasil cresce a cada ano, impulsionado pela procura por veículos robustos e versáteis.

Em 2025, foram comercializados mais de 2,5 milhões de veículos usados nos dois primeiros meses, um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2024.

Especificamente no segmento de picapes, o crescimento foi ainda mais expressivo: os comerciais leves representaram 11,3% de todos os emplacamentos em 2024, totalizando 536.604 unidades, 17% acima do ano anterior.

Para cada zero quilômetro vendido, aproximadamente seis usados ou seminovos mudam de mãos, demonstrando a força desse mercado consolidado.

Modelos em Destaque no Mercado de Usados

O portfólio de picapes disponíveis varia de modelos acessíveis a opções premium. Conhecer as características de cada um ajuda a tomar a melhor decisão.

Ford Ranger: única picape média que valorizou em 2025, saltando de R$ 280 mil para R$ 298 mil em um ano, alta de 6,3%.

Chevrolet S10: referência em resistência e tecnologia, com motorizações que vão de 2.4 flex (147 cv) a 2.8 turbo (200 cv).

Fiat Toro: design arrojado, cabine para cinco ocupantes e caçamba de 820 litros; motores de 1.3 a 2.4, flex ou diesel, até 185 cv.

Mitsubishi L200 Outdoor 2007: opção acessível (até R$ 50 mil), com motor 2.5 turbodiesel e estrutura robusta para quem prioriza economia de combustível.

Fatores de Valorização e Desvalorização

Entender o que faz uma picape ganhar ou perder valor no mercado de usados é essencial para antecipar custos e vantagem de revenda.

Modelo e motorização influenciam diretamente na procura: versões diesel costumam desvalorizar menos, mas exigem manutenção mais cara.

Quilometragem e histórico de manutenção impactam na confiança do comprador; veículos bem documentados são mais valorizados.

Estudos da Mobiauto apontam que a maioria das picapes desvaloriza, com exceção de casos específicos como a Ford Ranger, que segue valorizada mesmo com anos de uso.

Dicas Práticas para uma Compra Segura

Antes de fechar negócio, verifique cada detalhe e compare opções em diferentes plataformas.

• Aspectos técnicos: avalie motor (flex ou diesel), potência, condições de revisão e vida útil de peças-chave.
• Capacidade de carga: confira volume da caçamba (S10: até 1.570 l; Toro: 820 l) e capacidade máxima de tração.
• Tração e câmbio: analise se precisa de 4x4 e prefira versões automáticas ou manuais conforme seu uso diário.

• Aspectos financeiros: defina faixa de preço (até R$ 50 mil para modelos básicos; acima de R$ 80 mil para versões intermediárias).
• Custo-benefício: avalie o estado de conservação em relação ao valor pedido e às opções de mercado.
• Desvalorização prevista: projete o valor futuro do veículo antes da compra, considerando a taxa média anual.

• Principais plataformas: Mercado Livre (verificação de placa e chassi), OLX (ampla oferta), Mobiauto (especializada em usados).

Tendências e Perspectivas

A inflação e as taxas de juros influenciam diretamente o poder de compra do consumidor e o ritmo de negócios no setor de usados.

A Fenauto alerta para a necessidade de atenção ao orçamento familiar, pois oscilações no custo de vida podem reduzir a demanda ou direcionar a busca por modelos mais econômicos.

Espera-se que o segmento de comerciais leves continue ganhando relevância, com crescimento sustentado em 2025 e renovação gradual da frota nacional.

Conclusão

Adquirir uma caminhonete usada no Brasil exige pesquisa cuidadosa, análise de fatores técnicos e reflexão sobre o perfil de uso.

Com as informações certas, é possível encontrar o equilíbrio ideal entre preço, desempenho e durabilidade, garantindo uma compra segura e satisfatória.