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Gestão de Filas de Espera: O Impacto da Satisfação do Cliente
A eficácia na gestão das filas de espera pode transformar a experiência dos pacientes no SUS.
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A eficácia na gestão das filas de espera pode transformar a experiência dos pacientes no SUS.
A eficácia na gestão das filas de espera pode transformar a experiência dos usuários.
Em fevereiro de 2023, o programa nacional de redução das filas foi lançado para mobilizar estados e municípios. A adesão foi quase unânime, com 99,3% dos municípios participantes e planos de ação aprovados em 86,6% das regiões de saúde.
As ações do Ministério da Saúde reforçam a estrutura de governança e promovem transparência, essencial para dimensionar a dimensão das filas e planejar intervenções eficazes.
Uma revisão sistemática identificou 42 medidas propostas para reduzir as filas, das quais 30 foram consideradas viáveis no contexto brasileiro. Essas estratégias visam não apenas diminuir o volume de espera, mas melhorar a percepção de qualidade e aumentar a satisfação dos usuários.
A implementação dessas ações requer articulação entre gestores, profissionais de saúde e comunidade, criando um ciclo virtuoso de melhoria contínua.
as Centrais de Regulação foram concebidas para equilibrar a oferta e a demanda de forma socialmente justa. Em vez de atender por ordem de chegada, cada caso é avaliado segundo critérios de risco, priorizando quem mais necessita.
Em Ribeirão Preto, a adoção desse modelo resultou em queda de 50% no movimento hospitalar, pois os atendimentos foram direcionados apenas aos casos mais graves. Essa experiência demonstra como uma regulação eficiente pode melhorar a gestão de recursos e reduzir desperdícios.
Desde 2003, estados como Ceará, Pará, Paraíba, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte implementam gradualmente centrais de regulação, adaptando sistemas e treinando equipes para operar com agilidade e segurança.
A satisfação dos usuários está diretamente ligada à qualidade do atendimento básico, que deve resolver de 75% a 80% dos casos sem necessidade de encaminhamento. No SUS, o tempo médio de espera para internações gira em torno de 4,5 dias, o que influencia fortemente a percepção dos pacientes.
A utilização de índices como o Índice Nacional de Satisfação do Cliente e o American Customer Satisfaction Index (ACSI) pode fornecer métricas confiáveis para avaliar desempenho. Esses indicadores consideram expectativas, experiências e resultados, oferecendo subsídios para ajustes e melhorias.
Conhecer as expectativas do usuário e alinhar processos às necessidades reais é fundamental para transformar a jornada no SUS em um serviço eficiente e humano.
Apesar dos avanços, ainda existem barreiras a superar: falta de integração entre níveis de atenção, escassez de recursos, burocracia excessiva, distribuição desigual de serviços e heterogeneidade na oferta de procedimentos.
Essas iniciativas podem servir de base para um modelo de gestão dialógico, centrado no paciente e orientado por dados, capaz de promover justiça e eficiência.
A gestão de filas de espera é um desafio multifacetado que impacta a satisfação dos pacientes e a sustentabilidade do SUS.
Para avançar, é crucial analisar o impacto das longas filas na percepção de qualidade dos usuários.
Adotar metodologias robustas para medir a satisfação no contexto brasileiro pode orientar políticas eficazes.
Estudar casos de sucesso e replicar práticas testadas garante resultados comprovados.
Incentivar a adoção de tecnologias digitais moderniza processos e reduz burocracia.
Desenvolver políticas públicas que equilibrem rapidez e equidade fortalece o compromisso com o cidadão.
Somente com o engajamento de todos os atores envolvidos será possível transformar as filas de espera em um mecanismo de cuidado equitativo, garantindo que cada cidadão receba a atenção necessária de forma célere e digna.
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